O professor Moisés Romanazzi Tôrres, da UFSJ, analisa a pegada fossilizada na zona rural de Dores de Campos |
Segundo o coordenador do GEPHIS, professor Moisés Romanazzi Tôrres, a pegada permite deduzir que um dinossauro de grande porte, provavelmente carnívoro, habitou a região. “O padrão indica que o animal pisou em ângulo inclinado, voltado para a esquerda, afundou completamente o pé e mesmo a parte inferior da perna”, destaca.
A pedido do proprietário rural Josino Élcio, Moisés e mais três alunos do GEPHIS visitaram o sítio e coletaram as características básicas: uma pegada isolada, tridáctila, em formato de dígitos espalmados, digitígrada, preservada em profundidade (46 cm), medindo aproximadamente 1,52 m de comprimento por 1,23 m de largura. “No dígito esquerdo e no do meio aparecem, nitidamente, as garras. O dígito direito não está tão bem preservado”, informou Moisés Tôrres, responsável por identificar e caracterizar a pegada.
A equipe coletou fragmentos do sedimento para análise química, o que vai permitir a reconstrução paleoambiental. Eles preparam também um artigo voltado à comunidade científica sobre a descoberta. “Vamos também enviar projeto de pesquisa aos órgãos de fomento para assegurarmos o financiamento das etapas subsequentes, que abrangem a moldagem da pegada e a construção de um cercado coberto para sua proteção”, avisa o coordenador.
O proprietário da área, Josino Élcio, disse que comprou o terreno há cerca de 8 anos e sempre desconfiou da pegada fossilizada em uma pedra.” Não falei nada até que ganhei um livro que fala sobre o Dinossauros. Resolvi chamar os pesquisadores da UFSJ e, em menos de uma semana está comprovado cientificamente que trata-se de uma pegada”, relatou.
Fonte: Portal Dores de Campos/ UFSJ e Barbacenaonline.com.br
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