quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Série - II Encontro dos Pesquisadores - Introdução


 Aspecto externo do local onde aconteceu o II Encontro dos Pesquisadores


Introdução

Reunindo resenhas elaboradas por Nilza Cantoni, com o apoio de Francisco de Barros, Joana Capella e Silvia Buttros, durante o II Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo, realizado entre os dias 19 e 21 de agosto de 2011, em São João del-Rei, iniciamos uma série retrospectiva das palestras apresentadas durante o referido encontro. Além da resenha, serão disponibilizadas, na íntegra, as apresentações projetadas por cada palestrante, bem como alguns áudio-visuais exibidos durante o evento. Agradecemos o companheiro Alex Guedes dos Anjos pela reunião de parte do material e pedimos aos palestrantes cujas apresentações ainda não estejam disponibilizadas que colaborem, nos enviando seus arquivos. Importante ressaltar que este Encontro é itinerante. Sua primeira edição aconteceu em 2010, em Barbacena e o III Encontro será realizado em 2012, na cidade de Conselheiro Lafaiete.

 

Abertura do Segundo Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo, por Luiz Mauro Andrade da Fonseca

Sede da Academia de Letras de São João del-Rei,
Dia 19 de agosto de 2011 - 08:30 h
Iniciando os trabalhos, Luiz Mauro Andrade da Fonseca falou sobre a informalidade do Encontro, para o qual as pessoas foram espontaneamente, fizeram a inscrição na hora, as despesas foram socializadas e os palestrantes não receberam cachê. Ressaltou que o público foi diferenciado, não  um público leigo, mas  formado por  pessoas que acompanham as palestras com muita atenção e conhecimento prévio.
O objetivo do encontro, disse o Dr. Luiz Mauro, foi promover uma reunião de pesquisadores que apresentaram os temas que estudam para compartilharem  com os demais as suas experiências. Compareceram pessoas vinculadas à universidades ou não, genealogistas, pessoas voltadas para a preservação do patrimônio cultural, memorialistas etc. E mesmo os que não estavam diretamente ligados ao tema, acabaram se interessando dada a espontaneidade com que foram abordados os assuntos.
Destacou que há um cuidado de se evitar a repetição desnecessária do que está publicado em livros, por não ser de interesse a apresentação de assuntos já estabelecidos, mas de pesquisas regionais, autênticas, que ajudem a progredir. O Caminho Novo foi escolhido por mote dos Encontros, o que não impede que sejam  abordados todos os caminhos de Minas, como a Picada de Goiás e outros que nos ajudam a compreender a história de Minas e do Brasil.
Explicou que ele ( Dr. Luiz Mauro) e Francisco Rodrigues de Oliveira trabalham com sesmarias há cerca de 20 anos, e que a maior dificuldade sempre foi com a toponímia. Como exemplo, citou o nome Cuiabá que aparece nas cartas e, evidentemente não se refere à cidade do Mato Grosso. Ou seja: são documentos que trazem topônimos pouco conhecidos pelos pesquisadores. Motivo pelo qual foi convidada a professora Maria Cândida Seabra, que falou sobre Toponímia da Comarca do Rio das Mortes e que certamente permitiu um grande salto na pesquisa dele e de Francisco Rodrigues de Oliveira e outros envolvidos no tema.
Finalizando, o Dr. Luiz Mauro deu boas vindas e agradeceu a presença de todos, desejando que formem uma confraria de amigos que facilitem o avanço das pesquisas de uns em contato com as experiências dos outros. Agradeceu também ao presidente da Academia Sanjoanense de Letras, José Cláudio Henriques, que compareceu à abertura do encontro,  acompanhado pela secretária da instituição, Zélia Maria Leão Terrell, pela cessão do espaço para a realização do Encontro.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


 Arte de Aleijadinho. Santuário do Bom Jesus de Congonhas-MG



Desejamos a todos um
Feliz Natal e um Ano de 2012
com muitos e belos
Caminhos Novos...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Revista do Arquivo Público Mineiro




 Indios Puris em antiga ilustração. Reprodução


Secretaria de Estado de Cultura lança nova edição da Revista do Arquivo Público Mineiro
A Revista do Arquivo Público Mineiro lançará no dia 25 de dezembro, edição especial com produção historiográfica sobre as populações indígenas de Minas. Em circulação há 115 anos, a publicação semestral reúne textos, reproduções de documentos históricos e trabalhos inéditos de pesquisadores produzidos a partir do acervo do Arquivo Público Mineiro. O evento acontece às 18 horas, no auditório do Anexo II do Auditório do Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG. Nesta nova edição, a Revista do Arquivo Público Mineiro tem como tema “Minas do Ouro, Minas Indígena”. Coordenada pela professora Maria Leônia Chaves de Resende, do Departamento de História da Universidade Federal de São João del Rei, a publicação traz arquivos e pesquisas historiográficas produzidos nos anos 90 e que têm como foco a questão das populações indígenas no território de Minas Gerais.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Em 2012: Congresso Brasileiro de Arquivologia, no Rio de Janeiro

XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUIVOLOGIA
PRESERVAÇÃO, ACESSO, DIFUSÃO:
DESAFIOS PARA AS INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS NO SÉCULO XXI



Obra histórica tem reedição virtual

A Igreja em Barbacena, livro de Nestor Massena é disponibilizado para download

O advogado e ativista cultural barbacenense,  Alex Guedes digitalizou e está disponibilizando na internet, para livre download, a obra do memorialista barbacenense Nestor Massena.
Na reedição virtual da importante obra, Alex escreveu uma esclarecedora nota introdutória: “Publicado pela primeira e única vez em 1952, pela editora do IBGE, hoje praticamente  não  é possível mais encontrar exemplares desta obra. Para aqueles a quem o título pode soar desinteressante, adianto-lhes que autor foi muito além do que o nome de seu livro sugeriu (... )Como se trata de uma rara e valiosa fonte para pesquisas, sua digitalização se justifica como garantia do acesso à educação e cultura,que não pode sofrer uma limitação absoluta pelos Direitos Autorais,principalmente nestes casos em que a edição encontra-se esgotada há tantas  décadas e provavelmente nunca mais haverá outra. (...) "

Acesse o link abaixo para fazer o download da obra:

 http://pt.scribd.com/doc/74995134/A-Igreja-Em-Barbacena-Nestor-Massena

Fazenda do Registro ainda não está salva!

 Há pelo menos quinze anos, a tricentenária Fazenda do Registro agoniza à beira do Caminho Novo... na foto, matéria do Jornal Estado de Minas de 1996,  já apresentava os riscos que o imóvel corria.  Nessa época o proprietário ainda morava na casa.
Veja matéria no link:

http://www.barbacenaonline.com.br/noticias.php?c=7581&inf=2

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cultura e Patrimônio

SEMINÁRIO INTERNACIONAL ELEMENTOS MATERIAIS DA CULTURA E PATRIMÔNIO
Ojetivos do evento:
– Aprofundar discussões e reflexões sobre temas no campo da chamada cultura material ou mais explicitamente dos elementos materiais da cultura, bem como do processo interpretativo do patrimônio e dos instrumentos de patrimonialização;
2 – integrar, de forma interdisciplinar, estudiosos e pesquisadores da área de história, interpretação do patrimônio e museus;
3 – discutir novas  propostas teórico-metodológicas nesse campo do conhecimento;
4 – proporcionar a integração acadêmica, possibilitando a docentes e a discentes discussões e atualizações sobre a pesquisa e a interpretação das culturas pelos seus elementos materiais;
5 – possibilitar condições de realização de trabalhos conjuntos entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros e alunos de pós-graduação de diversas instituições.
ORGANIZAÇÃO:
Grupo de Pesquisa CNPq/UFMG: Elementos Materiais da Cultura e Patrimônio
Programa de Pós-Graduação em História – FAFICH – UFMG
Departamento de História – FAFICH - UFMG
DATA DO EVENTO:
16 a 18 de novembro de 2011. 
LOCAL:
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG
Auditório Sônia Viegas 
COORDENADORES:
Prof. Dr. José Newton Coelho Meneses (Depto. de História – FAFICH – UFMG)
Profa. Dra. Maria Eliza Linhares Borges (Profesora colaboradora PPGH – FAFICH – UFMG)
GERENCIAMENTO E SECRETARIA:
Acadêmicos:
- Cláudio Lima Ribeiro Júnior (Mestrando)
- Dayse Lúcide Silva Santos (Doutoranda)
- Gusthavo Lemos (Mestrando)
- Ivaneide Barbosa Ulisses (Doutoranda)
- Lucila Pereira da Silva Basile (Doutoranda)
- Mariana Sousa Bracarense (Mestranda)
- Raimundo Lima dos Santos (Doutorando)
- Mateus Freitas Ribeiro Frizzone
- Bruno Vinícius de Morais
- Thaís Junqueira Lanna
PÚBLICO ALVO:  
- Pesquisadores e acadêmicos (docentes e discentes) das áreas de História, Antropologia, Geografia, Sociologia, Museologia e outras ciências da área de humanidades
ABRANGÊNCIA:
Internacional 
FORMATO:
Conferência de abertura e palestras com comentaristas, seguidas de debates abertos ao público.
Veja mais detalhes:

sábado, 22 de outubro de 2011

As viagens de Saint-Hilaire viram teatro de bonecos

 Renata Franca e Bernardo Rohrmann encenam as aventuras do viajante francês Auguste Saint-Hilaire

Estreiou na semana passada, no Teatro D. Silvério, em  Juiz de Fora, o novo espetáculo da Cia. de Inventos, comandada por Bernardo Rohrmann e Renata Franca: “Santo Seu Hilário, Histórias sobre as Viagens de Auguste de Saint-Hilaire pelo Brasil contadas com Marionetes". O tema não poderia ser mais apaixonante: entre os anos de 1816 e 1822 o viajante naturalista francês  Auguste de Saint-Hilaire percorreu os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na sua aventura pelos trópicos, ele coletou, muito material botânico e zoológico e fez inúmeras observações de interesse para a Geografia, a História e a Etnografia. Fino observador não só da natureza, mas dos costumes, do modo de vida dos povos visitados, seu diário constitui relato que diz respeito à conduta dos homens e seus labores na terra. " Sua identificação com o povo mineiro e seus ricos relatos, nos motivaram a contar com o teatro de bonecos, usando uma linguagem infanto-juvenil, a trajetória desse incrível viajante naturalista que redescobriu o Brasil no início do século XIX", diz Bernardo sobre o novo espetáculo. Com marionetes, projeções de imagens, paisagens e o mágico movimento dos bonecos articulados, Santo “Seu” Hilário passeia por Minas em um espetáculo divertido e inusitado. Quem quiser conhecer o trabalho da Cia. de Inventos, pode visitar o atelier do grupo na Pousada Três Portas, no centro histórico de Tiradentes.
(Edson Brandão. Foto: reprodução)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sete maravilhas

Estrada Real
O Instituto Estrada Real lançou a  campanha para eleger as 7 maravilhas da Estrada Real. Todos os locais são realmente maravilhosos apesar de nem todos terem contextualização com a verdadeira Estrada Real (ou Caminho Novo). Como o foco do Instituto é mais voltado para apelo turístico do que para verdades históricas está “perdoado!” Escolha seus locais favoritos pelo site: http://www.institutoestradareal.com.br/

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cavaleiros redescobrem antigos caminhos



Sábado, dia 8 de outubro, por volta das 9 horas a comitiva inicia a viagem...
Viajar pelos antigos caminhos de Minas pode ser muito mais do que uma experiência acadêmica ou meramente intelectual. Até nos dias atuais, dominados pelos  i-pads,  fibras óticas e infovias, tem gente que não se intimida com sol e poeira e cai nas estradas reais em busca de belas paisagens e o aconchego das fazendas antigas, muitas ainda preservadas e atualmente adaptadas para o turismo rural . Prova disso é a recente comitiva de cavaleiros integrada por dois amigos de Barbacena, Carlos Alberto Mota e José Alcides Cobucci, que se juntaram a mais doze cavaleiros para uma jornada equestre de aproximadamente 80 quilômetros entre as cidades de Carandaí, Caranaíba e Santana dos Montes, na região centro-sul de Minas Gerais. O cavaleiro e “nas horas vagas” odontólogo Carlos Alberto ,  o Bebeto, nos conta  a aventura: “ Foram dois dias de comitiva,saimos de Hermilo Alves ( distrito de Carandai)  no sábado, dia 8 de outubro,  às 9 horas com destino ao Pouso Caipira , Hotel Fazenda  Rio Calunga entre Caranaiba e Santana dos Montes.  Chegamos às 5 horas da tarde,  percorrendo  quase todo o trajeto em velhos caminhos desativados. Chegando lá fomos muito bem recebidos pelo proprietário,  Marçal João Fernandes com aquela tradicional hospitalidade que só em Minas tem...”. A Fazenda Rio Calunga, além de conservada tem um excelente espaço gourmet,  bem mineiro e até curiosidades preservadas como o moinho d´água, que por lá se chama “munho”. E Carlos Alberto continua:  “ Retornamos no domingo, saindo por volta das 9 horas, fizemos outro trajeto passando pela cidade de Caranaiba,  subimos a serra e chegamos ao trevo de Carandai lá pelas 16 horas, daí fomos para Hermilo Alves” . A comitiva encerrou a cavalgada no sitio do Ozanan, comerciante em Carandaí e outro cavaleiro apaixonado pelos antigos caminhos das Gerais.  (Edson Brandão, com fotos gentimente cedidas por Carlos Alberto Mota)



 Uma bela imagem da comitiva seguindo o  trecho...



 A beleza do caminho compensa horas expostos ao calor intenso e ao pó da estrada...






 Chegada à Fazenda Rio Calunga





O "munho", ou moinho d´água preservado é uma atração à parte na Fazenda


domingo, 9 de outubro de 2011

Viagem cultural: Barbacena oferece várias atrações ao turista de fim de semana


Afresco de Emeric Marcier instalado na casa batizada com o seu nome

Ir a Barbacena, a 170 km de BH, é viagem um pouco mais longa, que cobra pitadas de aventura. Como não há guia indicando atrações, é preciso descobrir “tesouros” por conta própria. Igrejas do século 18 são duas: a de Nossa Senhora da Piedade e a da Boa Morte. Chamam a atenção os quatro – singulares – museus: da Loucura, Municipal, Casa Emeric Marcier e Casa George Bernanos. Acrescente-se o conjunto de imóveis da primeira metade do século 20, com prédios restaurados e alguns outros, infelizmente, caindo aos pedaços. O cenário provoca a imaginação, pois tudo revela dramas, belezas, histórias e imagens supreendentes de Minas.

O Museu da Loucura é o mais conhecido e impactante. Fotos, documentos e instrumentos médicos contam a história do Hospital Psiquiátrico Minas Gerais, o antigo Hospital Colônia, e de todas as violências ali cometidas. Saborosa é a visita ao Museu Municipal, dedicado à história barbacenense. Entre as peças curiosas está uma cadeira do século 19 com duas armas – reza a lenda, usada na Guerra do Paraguai. Passeio imperdível: visitar a Casa Emeric Marcier, residência do pintor romemo falecido em 1990, exuberante demonstração do bem viver no interior de Minas Gerais. A bela chácara tem esboços de afrescos nas partes externa e interna. Sob a escada, há uma obra curiosa do artista, mostrando Torquemada, o todo poderoso da Inquisição, queimando no inferno.

Um dia é pouco para curtir tudo com calma. Inclusive, porque vários endereços despertam a curiosidade. Como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, com seus belos jardins. Aberto aos domingos, é ótimo espaço para caminhadas. Vale lembrar: Barbacena é movimentada, sobretudo na área cultural. Lá ficam as sedes do grupo teatral Ponto de Partida e da Bituca Universidade de Música Popular, além de bares e botecos divertidos. Nem por isso se perdeu o jeitinho interiorano: a cidade é tranquila, simpática e acolhedora.

O músico Marcelo D2 fez questão de visitar o impactante Museu da Loucura, há três anos

Outro endereço ilustre: Casa George Bernanos, onde o escritor católico morou com a família de 1940 a 1944. Durante a 2ª Guerra Mundial, esse ativista pela libertação da França, assim como Emeric Marcier, refugiou-se em Barbacena.

Contemporânea das vizinhas Tiradentes e São João del-Rei, a cidade tem muita história para contar. Sua região abrigava aldeamentos de índios tupis. A ocupação remete ao século 18: a Vila de Barbacena, por exemplo, é de 1791. Trata-se de lugar com gosto pela política: nada menos de cinco incofidentes vieram daquela região.

Em Barbacena
. Museu da Loucura – Rua 14 de Agosto, s/nº, Floresta, (32) 3339-1611. Funciona de segunda-feira a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
. Museu Municipal de Barbacena – Praça Conde de Prados, 55, Centro, (32) 3339-2167. Aberto de quarta-feira a domingo, das 13h às 18h.
. Museu Casa Emeric Marcier – Avenida Major Brigadeiro Doorgal Borges de Andrada, s/nº, Monte Mário, (32) 3333-7501. De quarta-feira a sábado, das 13h às 17h, e aos domingos, das 13h às 16h.
. Museu Georges Bernanos – Rua Coronel Cipriano Rodrigues de Miranda, s/nº, Vilela, (32) 3332-2047. De segunda-feira a domingo, das 13h às 17h.


Fonte: Walter Sebastião - Estado de Minas - Cultura
2/9/2011


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Consolidando um Novo Caminho Novo

 A casa da Inconfidente Bárbara Heliodora foi o portal de entrada para o
 Segundo Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo
Se era  ouro,  conspirações, ou  idéias libertárias que uniam aqueles que percorriam os caminhos que ligavam o Tijuco ao Rio de Janeiro, hoje temos como objetivo a integração de todos  que ainda percorrem estes trechos mas pelo viés da história e do resgate da memória. O Segundo Encontro  de Pesquisadores do Caminho Novo cumpriu plenamente este objetivo.
Foram cerca de 60 participantes, 48 devidamente inscritos e contribuintes, mais de 10 horas de palestras e comunicações, prova de que podemos classificar este Encontro como uma verdadeira "maratona" de história.
O núcleo organizador do Encontro (Luiz Mauro, Marta Imbroinise, Francisco Rodrigues e Jairo Machado) agradece comovido a dedicação e a contribuição de pessoas como, José Cláudio Henriques, presidente da Academia de Letras de São João del-Rei, um perfeito anfitrião e companheiro de organização. Rosy e equipe da Biblioteca Pública Municipal Baptista Caetano D´Almeida, Sandra, estagiária do Iphan, Sílvia Boussada, Cláudio Luiz da Silva e Livraria Quarup, Ilceu Carvalho e equipe da casa da Serra, em Prados, Alex Guedes dos Anjos. Agradecimentos especiais às representantes das Caminhantes da Estrada Real (Maria Elvira, Maria da Consolação, Olguinha, Wanilce  e Ivone) por sua presença. Obrigado a todos que participaram do Encontro! Até em 2012...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A tradição das bandas de música resgatada em CD

CD resgata composições sacras e profanas de músicos mineiros

A Companhia dos Inconfidentes está divulgando o CD Marchas Mineiras para Banda, com marchas para banda de música de compositores mineiros - do século 19 até hoje. Gravado pela primeira vez com músicos profissionais, o repertório mistura marchas festivas e fúnebres, uma característica das cidades do interior de Minas Gerais, em que o Carnaval e a Semana Santa são tradições opostas e complementares.  Na seleção do CD, Marchas Mineiras para Banda estão os compositores: Martiniano Ribeiro Bastos (1834-1912), Luiz Baptista Lopes (1854 - 1907), Ireneo Baptista Lopes (1828-1882), José Lino de Oliveira França (1893-1952), Presciliano Silva (1854-1910), Raimundo Santiago (1920-2004), Adhemar Campos Filho (1928-1997), Geraldo Barbosa de Souza (1938 - 2011), Nelson Salomé (1950). Todos têm em comum o fato de serem autodidatas e terem suas obras tocadas ainda hoje nas celebrações religiosas, procissões ou desfiles de suas cidades: São João del-Rei; Prados, Barão de Cocais e Baependi.
As obras foram revisadas, editadas e impressas sob coordenação do maestro Marcelo Ramos, que também assina a regência. CD "Marchas Mineiras para Banda".
Vendas pelo telefone: 32 3371 2289 / 32 8866 0349.
Vendas para lojistas: Sonhos e Sons distribuidora

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

IX Seminário de Museologia, História e Documentação


O amigo e preservacionista ferroviário Victor José Ferreira convida os interessados para um importante seminário voltado para museologia, história e arquivos:


 IX Seminário de Museologia, História e Documentação 

Prezado (a) Senhor (a)

Será realizado nos dias 17 e 18 de outubro próximo, no Auditório do Arquivo Nacional - Rio de Janeiro - RJ, o evento Memória 2011, conforme programação preliminar constante do folder anexo.

O evento será de especial interesse para museólogos, historiadores, arquivistas, professores, pesquisadores, titulares e profissionais de órgãos públicos e entidades de cultura e de patrimônio, estudantes e preservacionistas em geral.

Para inscrições prévias gratuitas on line e informações sobre algumas opções de hospedagem no Rio de Janeiro, clicar em um destes links:


Saudações ferroviaristas.

Victor José Ferreira
Presidente
MPF - Movimento de Preservação Ferroviária

Tel. (21) 3232-9524 - Cel. (21) 7119-8564



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Saldo positivo

Realizado nos dias 19 e 20 de agosto, na Academia de Letras de São João del-Rei, o Segundo Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo de Minas Gerais reuniu um grande número de estudiosos vindos de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. O alto nível dos palestrantes e mesmo da platéia que acompanhou atentamente a programação foi um marco na consolidação deste encontro  realizado de forma dedicada por um grupo de idealistas capitaneado pelo médico e pesquisador Luiz Mauro Andrade da Fonseca. Arquivos, Genealogia, Cartografia, Literatura, Preservação do Patrimônio Edificado  e pesquisas das mais diversificadas  abordagens fizeram do evento um panorama amplo da pesquisa histórica não só no trajeto do Caminho Novo como em outros estados brasileiros. Despojado de qualquer outro foco ou artifício senão as pesquisas e seus condutores, o Segundo Encontro provou que a academia, a pesquisa independente e a multidisciplinaridade podem contribuir muito para que a memória nacional seja recuperada e colocada a serviço da sociedade, que precisa compreender seu passado para situar-se no presente e pensar no  futuro. Emocionante ver ali reunidos tantos personagens e personalidades que hoje escrevem, refletem, registram e agem para que o acesso à memória coletiva se transfome em direito tão fundamental quanto  o acesso à saúde, à alimentação, à educação e à liberdade de ir e vir. Pequenas falhas estruturais e dificuldades pontuais em absolutamente nada interferiram no saldo final deste encontro memorável. Pelo contrário, já aguardamos com ansiedade e entusiasmo o ano de 2012, quando a cidade de Conselheiro Lafaiete deverá abrigar o Terceiro Encontro dos Pesquisadores do Caminho Novo.
Vejam algumas resenhas do Segundo Encontro nos links:


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Antecipando o Segundo Encontro de Pesquisadores

Prezado(a) amigo(a) pesquisador(a) do Caminho Novo de Minas Gerais,
No próximo dia 19 de agosto, sexta-feira, às 17h30, está programada uma participação minha no Segundo Encontro, quando estaria falando a respeito do Itinerário do Caminho Novo em Juiz de Fora. Em função de um compromisso inadiável que estarei cumprindo nesse dia e hora, peço perdão pela ausência.
No anexo, transcrevo o que seria a minha fala com algumas imagens que estaria mostrando nesse dia.
Certo da compreensão, agradeço e desejo muito sucesso aos colegas pesquisadores e palestrantes.
Um abraço do amigo
Vanderlei Tomaz


O Caminho Novo da Estrada Real

nos limites de Juiz de Fora

Vanderlei Tomaz

Ex-vereador de Juiz de Fora/MG (autor da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura)




        O Caminho Novo era a estrada aberta pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes, no início do Século XVIII, com a finalidade de facilitar o transporte do ouro e de pedras preciosas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. O caminho mais curto entre a produção de riquezas e o litoral, de onde elas partiriam para Portugal. Uma alternativa mais rápida e segura ao Caminho Velho, a estrada real mais antiga que, partindo do Rio, passava por São Paulo e pelo sul de Minas.
        Por essa estrada passaram bandeirantes, índios, escravos, tropeiros, cientistas europeus, ilustradores da nossa fauna e flora, e outros artistas, inconfidentes mineiros, o Tiradentes como o guarda do caminho e propagandista do movimento de libertação, o corpo esquartejado do mártir mineiro, D.Pedro I em 1831, o então Barão de Caxias durante a Revolução Liberal de 1842, e tantos outros que ajudaram a escrever a história de Minas e do Brasil.
        Para promover a ocupação das margens da estrada, a Coroa Portuguesa distribuiu concessões de sesmarias ao longo do caminho. Sesmarias eram terrenos que chegavam a ter 30 quilômetros quadrados. Aprovada a concessão da área, o sesmeiro (proprietário do terreno), acompanhado dos agrimensores (que faziam a medição da área, e também chamados de “piloto” e “louvado”) fincavam uma pedra com quatro cruzes (uma em cada face) na margem da estrada. A partir desta pedra (também chamada de “pião de pedra” ou “marco de sesmaria”) eram feitas mais quatro medições: a sudoeste da pedra, a noroeste, a nordeste e a sudeste. Ao final de cada medição, uma outra pedra era colocada (menor que a principal e com uma cruz escavada). Assim, era formada a quadra de sesmaria.



Como conseqüência dessa distribuição de terras, surgiram fazendas, inúmeros ranchos para pousadas dos tropeiros e igrejas. O comércio às margens da estrada foi florescendo e, assim, povoados iam se formando ao longo do Caminho Novo, dando origem às atuais cidades de Simão Pereira, Matias Barbosa, JUIZ DE FORA, Ewbanck da Câmara, Santos Dumont, e outras.



O Caminho Novo em Juiz de Fora

        Juiz de Fora é cortada por cerca de 50 km do Caminho Novo da Estrada Real, entre os municípios de Matias Barbosa e Ewbanck da Câmara, sempre na margem esquerda do Rio Paraibuna, nunca o atravessando.
        Importante lembrar que, em alguns trechos, especialmente na região urbana, o percurso foi modificado devido aos parcelamentos das áreas, novos arruamentos e retificações. Outros trechos da estrada estão impedidos por estarem em terrenos particulares ou área militar.
        A definição desse trajeto foi possível estudando velhos mapas, pesquisando os relatos dos viajantes, onde estes fazem referências às localidades citadas, e a localização dos marcos de sesmarias de quatro cruzes que eram colocados na margem do caminho. Fundamental foi ouvir os relatos de moradores idosos que puderam indicar quais eram os mais antigos caminhos do lugar, com informações herdadas de pais e avós.
         O Caminho Novo foi a primeira via pública aberta na região, com o propósito de encurtar a distância entre o Rio de Janeiro e os lugares de onde se extraía a nossa riqueza mineral, além de permitir a ocupação do território por meio da distribuição de sesmarias. Em parte do trajeto foram aproveitadas trilhas abertas pelos índios.
         Para conhecer o traçado da estrada que deu origem à nossa cidade, sugerimos acompanhar o itinerário que apresentamos a seguir. Procuramos dividir a cidade em quatro partes para que a visita aconteça em quatro dias.
         Com isso, permite-se visitar os monumentos mais antigos que dizem respeito à história de Juiz de Fora. O Caminho Novo transforma-se, assim, em um patrimônio cultural de 300 anos. Leia atentamente e um bom passeio ao túnel do tempo pelo Caminho Novo da Estrada Real em Juiz de Fora.
      
1º DIA – Partindo da Ponte do Zamba sobre o Rio Paraibuna, na divisa dos municípios de Juiz de Fora e Matias Barbosa, deverá ser tomada a estrada do Joasal, entre o rio e a ferrovia. No final da estrada, atravessar a ferrovia e continuar seguindo passando pelo Marmelo, acesso ao Retiro, Niterói e túnel da ferrovia, indo em direção à região do bairro Santo Antônio (Tigüera). Percorrer toda a extensão da Rua José Francisco Garcia (Tigüera), até atingir a Rua Nossa Senhora de Lourdes. Seguir pela Rua Nossa Senhora de Lourdes, Rua Costa Carvalho e Avenida Sete de Setembro, até atingir a Avenida Garibaldi Campinhos (lugar onde existiu a Fazenda do Juiz de Fora, no bairro Santos Anjos).

Nomes antigos do trecho citado: Morro dos Arrependidos, Cruz das Almas, Medeiros, Morro do Marmelo, Marmelo, Fazenda do Marmelo, Santo Antônio da Boiada, Boiada, Morro da Boiada, Fazenda do Juiz de Fora.
Observação: Do final da estrada do Joasal até o Tigüera, o trecho está impedido. Sendo assim, a alternativa mais próxima seria o caminho para Caeté, atingindo o Jardim Esperança, Retiro, Alameda Ilva Mello Reis e Bairro Santo Antônio.

2º DIA – Contornar a Praça Teotônio Vilela (Vitorino Braga), percorrer a Rua Henrique Vaz, Rua 31 de Maio, Avenida Surerus, Avenida Maria Perpétua, Avenida Brasil, Avenida Rui Barbosa e Avenida Alencar Tristão. Passar pela casa do Alcaide-Mor (casarão próximo ao cemitério Parque da Saudade), seguir pela Rua Paracatu até atingir a Avenida Juiz de Fora. Seguir por esta via até a altura do SEST/SENAT. Tomar a estrada não pavimentada à esquerda, margeando o córrego Ribeirão das Rosas, seguindo em direção ao Campo de Instruções do Exército. Passar pela Fazenda Ribeirão das Rosas, atravessar o córrego, e seguir pela estrada de terra à direita, em direção à estrada da Remonta. Na estrada da Remonta (asfaltada), seguir à direita, passando em frente à sede campestre do Círculo Militar, até chegar ao Camping Clube de Juiz de Fora.

Nomes antigos do trecho citado: Fazenda do Juiz de Fora, Alcaide-Mor, Alcaidemoria, Tapera, Rancho da Tapera, Ribeirão das Rosas e Ribeirão.
Observação: O Caminho Novo, a partir da Avenida Brasil, seguia por toda a extensão da Avenida Rui Barbosa, atravessando a ponte do córrego da Tapera (conhecida como Ponte Vermelha), e encontrando com a Rua Paracatu. Na Avenida Alencar Tristão existia uma porteira que dava acesso à casa do Alcaide-Mor, que pertenceu à família Tristão. O trecho da estrada entre o SEST/SENAT e a Remonta está em área militar. É necessária autorização para percorre-lo.

3º DIA – Seguir em direção à barragem da Represa João Penido. Continuar pela estrada em direção ao Campo Grande. Na altura do sítio da família Possali, continuar pela estrada velha da represa até atingir a Avenida JK, na Barreira do Triunfo.

Nomes antigos do trecho citado: Monte Belo, Cachoeira, Entre Morros, Cabral, Antônio Moreira, Rancho do Queiroz, Queiroz e Contendas.
Observação: Com o granjeamento, parte da estrada original (hoje, em áreas particulares) foi desprezada, mas ainda pode ser vista na região do Campo Grande. É possível observar a calha do Caminho Novo e um marco de sesmaria no sítio dos Possali. Nos fundos das casas, à direita, que margeiam a Avenida JK, em Barreira do Triunfo, pode ser visto um trecho do Caminho Novo no corte do morro. Nessa região, o caminho original cortava a horta dos Possali e o clube Thermas, alcançando a praça da Barreira.

4º DIA – Seguir pela Avenida JK até a BR040. Continuar pela rodovia até atingir a estrada do Tinguá, à esquerda após o restaurante Fartura no Fogão. Saindo da BR040, seguir pela estrada do Tinguá, atravessando o córrego da Estiva. Continuar por toda a extensão da estrada até atingir a Rua Vicente Gávio (asfaltada), em Paula Lima. Ao aproximar-se da estrada para a fazenda Vileta (última porteira à esquerda), seguir por essa estrada, passando por duas porteiras e continuar avançando em direção à Ewbank da Câmara.

Nomes antigos do trecho citado: Rancho do Queiroz, Queiroz, Contendas, Estiva, Azevedo, Coqueiros, Sobradinho, Luiz Antônio, Engenho do Mato, Engenho, Nossa Senhora da Assunção do Engenho do Mato, Rocinha do Engenho, Fazenda da Rocinha, Rocinha e Chapéu D’Uvas.
Observação: Próximo ao Restaurante Sílvio’s, na BR040, do lado direito, podem ser vistas ruínas de capelinha do Rancho do Queiroz. O nome Paula Lima para o lugar surgiu em 1891. Até então, o nome era Chapéu D’Uvas. O Caminho Novo seguia paralelo à estrada do Tinguá. Na fazenda dos herdeiros de Agnelo Lopes (lugar que era chamado de Azevedo), pode ser vista uma grande extensão do trecho original do Caminho Novo. Na Rua Vicente Gávio, o visitante vai encontrar um casarão que pertenceu à família Teixeira de Carvalho, onde teria pernoitado D.Pedro I em 1831. A Igreja de N.S. da Assunção, em Paula Lima, surgiu em meados do século XVIII no mesmo local. Ela já passou por diversas reformas. Na estrada para a fazenda Vileta, à direita, o visitante encontrará um marco de sesmaria. Seguindo por esta estrada, mais adiante, irá deparar-se com as ruínas de um antigo casarão.
Marco de Sesmaria com quatro cruzes encontrado em Paula Lima (antiga Chapéu D’Uvas),
na Fazenda Vileta, às margens do Caminho Novo.






Marco de Sesmaria com quatro cruzes encontrado no sítio
dos Possali (Estrada do Campo Grande, Barreira).



                    Trecho do Caminho Novo (sítio dos Possali)                  




Fazenda Ribeirão das Rosas em Juiz de Fora