Por diversas vezes foram feitas críticas ao equívoco que acompanha muitas das tentativas de fixar as características socioculturais de coletividades humanas, que estão em constante e permanente transformação.
O homem e a montanha – Introdução ao estudo das influências da situação geográfica para a formação do espírito mineiro (Autêntica Editora, formato 15,5cm x 22,5cm, 224 páginas, R$ 39,00 – 0800 28 31 322) indica a reciprocidade entre a sociedade e a natureza, cuja síntese é a formação cultural montanhesa, sedimentada e conservadora do interior do Brasil. Esta edição do livro de João Camillo de Oliveira Torres – que dá continuidade à série Alfarrábios, da coleção Historiografia de Minas Gerais – foi organizada por Francisco Eduardo de Andrade e Mariza Guerra de Andrade e comentada criticamente por diversos especialistas no assunto.
Além de contar com ilustrações de Alberto da Veiga Guignard e o texto instigante de João Camillo, original em sua interpretação sobre o lugar da origem, a fonte do sentido (e sua relevância social, psíquica e simbólica) denominada Minas Gerais, a análise crítica de historiadores e especialistas como João Antônio de Paula, presente nessa edição, reflete sobre essa perspectiva do autor, que ainda hoje é tida como verdade em diversos espaços sociais e políticos do País.
João Camillo de Oliveira Torres, nasceu em Itabira do Mato Dentro, em 31 de julho de 1915, e faleceu em Belo Horizonte, em 16 de janeiro de 1972. Foi bacharel em Filosofia pela Universidade do Distrito Federal do Rio de Janeiro. Em 1937, tornou-se jornalista. Em 1942, passou a lecionar História do Brasil na Faculdade de Filosofia Santa Maria, da então Universidade Católica de Minas Gerais, e História de Minas Gerais, na Faculdade de Filosofia da Universidade de Minas Gerais (UFMG). Foi ainda membro do Conselho Estadual de Educação, do Conselho Estadual de Cultura Popular, da Academia Mineira de Letras, do Instituto Histórico de Minas Gerais e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
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Templos modernos, templos ao chão – Trajetória da arquitetura religiosa modernista no Brasil traz uma análise sobre como a arquitetura religiosa moderna marcou o país
Em “Templos modernos, tempos ao chão – Trajetória da arquitetura religiosa modernista no Brasil (Autêntica Editora, formato 15,5cm x 22,5cm, 224 páginas, R$ 39,00 – 0800 28 31 322), Marcus Marciano Gonçalves da Silveira traz ao leitor uma profunda análise sobre a importância e a influência da arquitetura religiosa moderna no Brasil e, especialmente, em Minas Gerais.
Partindo da polêmica demolição de uma igreja colonial para a construção de uma matriz modernista na cidade de Ferros, em Minas, em meados da década de 1960, o autor discute aqui os principais fatores que desencadearam o início de construções de templos religiosos modernos e, principalmente, quais foram os argumentos utilizados e os contextos social, político e cultural das cidades envolvidas nesse processo que contribuíram decisivamente para legitimarem a demolição de antigas igrejas católicas, nos moldes barrocos ou rococós, entre as décadas de 1940 e 1960. Por meio de dados, matérias jornalísticas e de uma grande pesquisa em torno da demolição da Igreja de Ferros e de todo o caminho que o modernismo seguiu no Brasil, Marcus Marciano oferece, nesta obra, uma análise não só histórica, mas social e política sobre os acontecimentos que desencadearam o fervor modernista em arquiteturas religiosas a partir da década de 1940.
Integrante da coleção Historiografia de Minas Gerais, e o segundo da série Universidade, este livro é, sobretudo, um precioso estudo sobre o percurso e sobre as características da modernidade arquitetônica brasileira, fundamental para se entender e contextualizar esse movimento no País.
Marcus Marciano Gonçalves da Silveira é licenciado em História e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG. Atualmente, conclui seu doutorado na mesma instituição, vinculado à linha Ciência e Cultura na História.
Saiba mais:
http://www.autenticaeditora.com.br
Mineiro que sou, desconfiado, mas sempre em busca do Novo, desejo parabenizá-lo pela divulgação do livro " O Homem e a Montanha, do mestre João Camilo, que contribui essencialmente para a compreensão do "ethos" mineiro e de nossas idiosincrasias, e mesmo, eu diria, atavismos.
ResponderExcluirPena que os livros (e as idéias) hoje valem tão pouco.
Agradecido pela postagem e incentivos ao blogueiro.